O desenho é uma manifestação dos sentimentos, muitas vezes, invisíveis aos olhos.

Nem sempre serão bonitos, coloridos ou composto de padrões, mas permita um começo. Incentive e estimule as crianças e adolescentes a esta prática.

Apresente lápis, giz, réguas de formas, tintas, atividades para cortes e pinturas. A função do desenho, em muitos casos, é acalmar, aliviar. Evite situações de pressão, como pensar em outras coisas enquanto desenha, prender-se ao tempo ou padrões.

Por meio dos desenhos, é possível identificar o desenvolvimento cognitivo da criança, o interesse pela criação. A criança aprende a desenhar, muitas vezes, devido a imitação. Vê alguém escrevendo ou algo semelhante e passa a praticar. A coordenação com os lápis e outros materiais só vem pela prática, ou regularidade.

Existem estudos que apontam que, crianças que desenham mais no período da infância, se desenvolvem melhor. Neste caso, o importante não é o desenho final, mas permitir a criança estimular sua criatividade, conhecer seus limites e desenvolvê-los.

Dentro deste processo, em contatos com o lápis ou o giz de cera, a criança desenvolve o movimento pinça: com o polegar e o dedo indicador e trabalha a coordenação motora fina.

Pensar no que desenhar, desenvolver o pensamento crítico sobre o que quer fazer e como fazer além de inserir o desenho em determinado espaço.

A criança expressa sua visão de mundo e as influências externas recebidas,  fazendo conexões com o seu mundo.

Evite, a todo tempo, limitar a criança dizendo que o jeito trabalhado está certo ou errado. Apenas incentive.

Apresente trabalhos diversos para que a criança defina o meio mais adequado.

Trabalhe isso com frequência, transforme isso em um hábito: além de acalmar a criança após um dia agitado, também desenvolve habilidades muitas vezes ocultas.

Aline Lourenço

Neuropsicopedagoga

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